Modalidade Bareback: confira todas as curiosidades

Dentre todos os tipos de competição que acontecem em um rodeio, com certeza a modalidade bareback é uma das mais difíceis. Em termos de complexidade, talvez perca apenas para a sela americana, que requer uma habilidade ainda mais extrema do peão.

Ao juntar a necessidade por um cavalo especial, o preparo físico do peão e a própria estrutura dos rodeios brasileiros, é possível dizer que a modalidade bareback ainda trava uma luta para se estabelecer bem no cenário nacional, já que esportes que envolvem cavalos no lugar dos bois são pouco reconhecidos em comparação.

Mas isso está perto de mudar, a popularidade dessa prova cresce mais a cada dia e por isso resolvemos trazer todas as curiosidades neste artigo. Quer conhecer mais da modalidade bareback e o porquê ela é considerada tão perigosa? 

Continue lendo!

O que é a modalidade Bareback?

A modalidade bareback diz respeito a um tipo de montaria em competições de rodeios — tida como uma das mais radicais. Os motivos para ser considerada intensa são vários, e o ponto de partida é o fato do peão não usar sela nem estribo.

De certa forma, esse esporte é praticado “somente” entre o caubói e a montaria, isto é, o cavalo. Além da ausência de sela e estribo, há uma dificuldade enorme na modalidade.

Nesse tipo de prova, o peão se posiciona para que permaneça deitado, ao invés de sentado, no dorso do cavalo. Na prática do rodeio, as costas do peão devem “repousar” sobre o animal por pelo menos 8 segundos.

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(Modalidade bareback. Disponível em: https://www.thefencepost.com/news/nebraska-cowboy-is-bareback-riding-rookie-of-the-year-winner/)

A segurança do peão repousa inteiramente em sua habilidade de se manter deitado de costas no cavalo e de uma alça de couro que fica solta no animal, chamada de bareback. 

A história da modalidade Bareback

Assim como várias outras competições de rodeio, a modalidade bareback surgiu nos Estados Unidos, na década de 1930. Por mais que nossa cultura lembre dos EUA com cenários mais urbanos, como Nova York, na realidade esse país norte americano possui uma enorme tradição rural, até hoje. O Brasil segue esse modelo também, embora tenha começado tardiamente.

Em nosso país, as competições de bareback só foram aparecer na década de 1990, através de um peão que aprendeu as técnicas da modalidade bareback nos Estados Unidos: João Henrique Gianasi.

Por volta dessa época, os peões Hender Marcos Pinto e Petrônio de Andrade emergiram como destaques nas competições em que havia a modalidade bareback. Do ano de 1996 até hoje, vários nomes surgiram nos rodeios dedicados aos cavalos e a essa modalidade tão difícil. 

A modalidade Bareback é perigosa?

Um simples expectador das competições pode se surpreender com o nível da disputa e perguntar: e quanto à segurança do peão? Um esporte desses realmente parece perigoso e, em certo nível, realmente pode ser. É a natureza da modalidade bareback que não pode ser negada. 

O que a torna tão radical e complicada é uma união de dois fatores. O primeiro é a ausência de sela e estribo, o que torna a tarefa de domar o animal incrivelmente difícil. Em segundo, há o elemento da posição que o peão deve assumir.

Além do controle sobre o animal, o cowboy deve controlar muito bem o próprio corpo. Deitar no lombo de um cavalo em pleno movimento, por mais que sejam apenas 8 segundos, exige muita força muscular e disciplina postural. 

Sendo assim, dois fatores podem tornar a modalidade bareback realmente perigosa:  a falta de treinamento e experiência e a qualidade do cavalo. O animal escolhido para a competição deve ser previamente aprovado sob critérios muito rigorosos e precisa ter uma relação de muita confiança com o peão.

Como são aplicadas as provas de Bareback?

As competições na modalidade bareback são aplicadas na competição entre peões, em que alguns critérios são analisados. O peão é avaliado pelos jurados pelas suas habilidades de estimular o cavalo e, ao mesmo tempo, controlá-lo. Já o animal é julgado nos critérios da agilidade, velocidade e poder. 

No Brasil, as provas de bareback ainda não são muito populares, mas eram aplicadas pela Federação Nacional de Rodeio, hoje extinta. Atualmente, as entidades que organizam as competições com modalidade bareback são a ProHorse e a Copa Panther. 

Além da necessidade de preparo do peão, a maior dificuldade em trazer a modalidade bareback para as competições brasileiras está relacionada à qualidade dos cavalos. De acordo com os especialistas, há uma falta de equinos cuja genética é adequada para esse esporte. 

No entanto, atualmente, o cenário começa a mudar, graças aos peões que praticam a modalidade bareback , que fazem múltiplos esforços para manter esse esporte vivo no país e colocá-lo em muitas competições. 

Prova disso é a criação da Bareback Riders Brasil, que uniu peões apaixonados e defensores desse esporte. 

À frente da organização estão Leandro Medeiros, Ricardo Larroyed e Alexandre Marinho, que são apoiados em sua defesa do esporte por vários outros peões que também praticam a modalidade bareback. 

Quem são os competidores de Bareback?

Atualmente, o  Brasil conta com seus próprios atletas especialistas na modalidade bareback. Olha só alguns deles:

Leandro Medeiros, brasileiro, da cidade de Terra Roxa em São Paulo, ficou em segundo lugar na competição em Barretos em 2016. Ele dividiu o segundo lugar com outro brasileiro, Eduardo de Melo, também conhecido como “Ringo”, nascido da região interiorana de São Paulo.

Naquela competição, no entanto, ambos perderam para o mexicano Hector Gonzáles, que marcou 181 pontos montado em seu cavalo “Bad Angel”. 

Mesmo em segundo lugar, Ringo ganhou muito destaque, pois a competição de 2016 marcou uma volta após 7 anos longe dos campeonatos. Já Leandro Medeiros levou o campeonato Ribeirão Rodeo Music, no mesmo ano. 

Quais os tipos de fivelas que os competidores de Bareback usam?

A modalidade bareback, além de radical, é um esporte bonito em que se é possível ter uma visão completa da habilidade e do visual do peão. Por isso é normal vê-los ostentando seus chapéus, esporas, e as melhores fivelas, que refletem a sua personalidade e trazem ainda mais estilo para os eventos. 

Se você quer trazer toda a força e estilo da modalidade bareback — e de todas as competições de rodeio — para o seu visual, conheça as nossas fivelas. Cada peça do visual de um peão é importante, mas a fivela é o que mais marca o seu estilo: não pode ser qualquer uma!

A modalidade bareback ainda tem um caminho longo para seguir no Brasil, mas certamente não faltam peões e entusiastas que continuarão no apoio desse esporte, que tende a crescer cada vez mais.

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