Uma raça genuinamente brasileira, que começou a ser desenvolvida há mais de 200 anos no século 18, com a cruza de éguas crioulas e dos cavalos trazidos de Portugal, da Coudelaria (haras) Real de Alter do Chão. A raça Alter tinha valor muito grande no reino Português, isso porque era muito procurada por nobres e príncipes europeus.
Mas foi no sul de Minas Gerais que a raça chegou e começou a ganhar espaço, isso no ano de 1808, no qual a região oferecia água em abundância e vegetação em matas com ervas pardacentas que eram ideais para forragem.
Sobre o nome Mangalarga, há muitas especulações a respeito de sua origem certa, mas a mais provável é a que faz referência à fazenda mangalarga, localizada no Rio de Janeiro, em Paty do Alferes, cujo nome da propriedade era o mesmo de uma serra que existia nas redondezas, no qual um fazendeiro adquiriu alguns cavalos e sempre quando perguntava, ele indicava as fazendas do Sul de Minas, e as pessoas procuravam os criadores da raça, fazendo referência à fazenda mangalarga do Rio de Janeiro.
Outra curiosidade é que o nome “marchador” dá origem à uma característica dos cavalos marcharem e não trotar, isso é, o mangalarga possui um comando no cérebro que o faz marchar, essa característica é admirada por todos que amam equinos, além de proporcionar maior conforto ao cavaleiro.
Características
Baseado em estudos científicos, a marcha do Mangalarga é o movimento separado em quatro tempos, que tem apoio diagonal, lateral e que são intercalados em momentos de tríplice apoio, o que faz o cavalo nunca perder o contato com o solo. Enquanto o trote é composto de movimentos diagonais com suspensão que faz perder o contato com o solo.
Os Mangalarga Marchador são considerados cavalos médios, sendo que os machos chegam a ter 1,57m e as fêmeas 1,54m. Além do mais, são inteligentes, dóceis e versáteis, sendo utilizados para gado, esportes
Todas as cores são aceitas no Mangalarga, menos o albino por ser considerado como defeito na pelagem, que neste caso facilita a entrada de doenças no animal, como o câncer de pele.
Mas as cores mais comuns são o Castanho, Tordilho e o Alazão, sendo que o Alazão tem pelagem mais avermelhada, com a crina e a cauda geralmente no mesmo tom do corpo. Outras cores que você pode encontrar no Mangalarga Marchador são: Preto, branco, marrom, champagne, pardo e castanho.
Com relação à cor, embora ela possa ser valorizada em alguns casos, em outros ela acaba se tornando um detalhe com relação ao preço, pois o animal precisa atender o padrão morfológico e de marcha.
Para comprar um cavalo Mangalarga Marchador, é preciso estar disposto a investir, porque o valor dele varia de acordo com os prêmios, sendo que um exemplar pode ser adquirido por R$ 5 mil reais, enquanto um cavalo que já ganhou diversos prêmios e competições pode ter seu valor estimado em R$ 15 milhões de reais. Esses animais tão caros, são levados até os eventos e exposições com escolta.
Padrão da raça
Se falamos em padrão morfológico, é necessário entender o que é considerado ideal para que o cavalo seja considerado um Mangalarga Marchador de fato, veja só:
- Cabeças triangulares com fronte larga e plana;
- Olhos grandes, escuros e vivos com pálpebras finas e flexíveis;
- Orelhas médias, eretas com a ponta para dentro;
- Garganta larga e bem definida;
- Pescoço e pernas são arqueados;
- Narinas grandes bem abertas e flexíveis;
- A Costela deve ter bom arqueamento.
Mais alguns detalhes que diferenciam a raça, são os dois tipos de andamentos que são a marcha batida e marcha picada. Só para finalizar esta parte de padrão, em 2014, conforme a lei 12.975, o Mangalarga Marchador foi declarado como raça nacional.
Associação de Criadores do Mangalarga
A Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), foi fundada em 16 de julho de 1949, sendo credenciada ao Ministério da Agricultura e responsável pelo registro genealógico oficial, além de ser considerada a maior entidade de criadores de equinos de uma mesma raça na América Latina.
Em 2020 aconteceu a 34ª edição do Campeonato Brasileiro de Marcha Batida (CBM), e contou com a presença de mais de mil animais, além de ser um evento lindo de se ver, lembrando que todos os protocolos de saúde foram respeitados para que o evento ocorresse.
Neste ano, a 35ª edição do CBM 2021, será no Rio de Janeiro, pois é, chegou a vez da cidade maravilhosa receber este evento entre os dias 6 a 14 de novembro de 2021, no Clube Marapendi, Barra da Tijuca.
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4 comentários em “MANGALARGA MARCHADOR: CONHEÇA MAIS SOBRE ESTA RAÇA”
Boa noite, os cavalos da fazenda Mangalarga ficaram famosos por serem marchadores e vendidos aos Wernecks(proprietários) por Gabriel Francisco Junqueira, futuro Barão de Alfenas , fazendeiro no Sul de Minas e deputado na Corte(RJ). Na verdade cavalos marchadores existiam em todo território brasileiro nessa época, até anteriormente, à exemplo do Cavalo Campeiro, , que é um” Crioulo Marchador “, chamado de marchador das Araucárias! Outro ponto a Associação do Cavalo além de genuinamente brasileira, também é mais antiga 1939 fundação e possui atualmente um maio número de associados “ativos” . Meu nome é Marcelo Alvim, crio Mangalarga Marchador e Muares (Haras Paraíso do Cavalo, Prdra de Guaratiba, cidade do Rio de Janeiro, Whatsapp 21982978636
Corrigindo o texto acima Associação do Cavalo Crioulo
Corrigindo “maior número de associados “
Por favor, qual é o animal da foto?
31 987971111
Obrigado