Salva-vidas de Rodeio: anjos da arena que enfrentam o touro para salvar o peão

Você teria coragem de entrar na frente de um touro para proteger alguém? Pois é exatamente esse o trabalho dos salva-vidas de rodeios, que se arriscam com coragem e dedicação para garantir a segurança dos peões e fazer das arenas um espaço de festa e adrenalina.

História

No Brasil, os salva-vidas de rodeios surgiram na década de 1970, juntamente com a montaria em touros, conhecida como “corda americana”. A modalidade foi trazida dos Estados Unidos por Tião Procópio, ex-peão e atual juiz de rodeios que foi um dos maiores responsáveis pela popularização da montaria em touros no país.

Junto com a modalidade, os salva-vidas também foram importados da festa americana e desempenham papel fundamental para o andamento da festa, já que a montaria em touros se tornou o ápice das festas de peão brasileiras.

Função

Após o peão desafiar o touro para permanecer oito segundos em cima do animal, o espetáculo fica por conta dos salva-vidas, que têm a missão de garantir que o peão saia da arena em segurança.

Para isso, os salva-vidas se colocam na frente do touro e, com muita técnica e coragem, distraem o animal para que o foco deixe de ser o peão. Na maioria dos eventos, o trabalho é sempre feito em trio ou dupla, uma medida que garante a segurança de todos. Em algumas competições, como as da PBR, também existem os salva-vidas a cavalo que ajudam a retirar o competidor e manter o touro afastado.

Além de coragem, para ser um salva-vidas de rodeio é preciso paixão, técnica, preparo físico e alguns itens de segurança, uma vez que acidentes, fraturas e escoriações fazem parte da rotina da profissão. Muitos anjos da arena, como também são chamados, relatam inúmeros ossos quebrados, quedas e escoriações e para eles, nem isso os fazem desistir da missão.

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De palhaço a atleta

Conhecidos nos Estados Unidos como Bullfighters, os salva-vidas de rodeios antes eram conhecidos como palhaços, e tinham como única função animar a arena entre uma prova e outra. Porém, com o crescimento dos eventos e competições, muitos profissionais passaram a acumular as duas funções.

Até que entre as 1960 e 1970, ainda em solo americano, percebeu-se a necessidade de uma pessoa para cuidar exclusivamente da segurança dos peões após a prova. Assim surgiu oficialmente a profissão de salva-vidas de arena.

Com a profissionalização dos rodeios nos Estados Unidos e Brasil, esses profissionais deixaram de ser chamados de palhaços e a nomenclatura de salva-vidas foi oficializada. Os profissionais que atuam pela PBR, por exemplo, são considerados atletas da modalidade, assim como os peões e touros. E olha que bacana, a linha de fivelas da PBR homenageia os anjos da arena com modelos da linha Bullfighters.

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Vocação

Assim como muitas profissões, o ofício de salva-vidas de rodeio também é passado de para para filho. É o caso de Ramon Damasceno, que atua como salva-vidas pela PBR. Segundo o atleta, seu pai e tio formaram uma tradicional dupla de salva-vidas,  Django e Meio Quilo, e que antes de ingressarem nos rodeios, seguiram carreira no circo e em touradas.

Há também quem descubra a vocação de salva-vidas por acaso, como Wagner José Miquelini, ou Péssimo, como é conhecido. O atleta, também da PBR, começou como peão e resolveu mudar de lado na arena depois de ser derrubado por todos os outros que tentou enfrentar.

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Gostou de saber mais sobre essa arriscada e eletrizante profissão dos Salva-vidas de Rodeio? Continue por dentro das novidades e notícias do universo country, assine nossa newsletter e receba o melhor conteúdo sobre rodeios, moda e o estilo sertanejo. 

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